quarta-feira, 16 de junho de 2010

Peça Dona Flor e Seus Dois Maridos*


Dona Flor e Seus Dois Maridos, um clássico da literatura brasileira oriundo da mente genial de Jorge Amado, tem uma história bastante conhecida. Já foi levada à telona em 1976, pelo diretor Bruno barreto, e à televisão em formato de minissérie, em 1997, por uma adaptação de Dias Gomes, Ferreira Gullar e Marcílio Moraes.

A versão teatral, em adaptação feita pelo diretor Pedro Vasconcelos e pelo ator Marcelo Faria, a intenção é encantar o público com os recursos que o teatro permite e, é claro, trazer a aBahia para bem perto, por meio do Carnaval, da cenografia, dos pratos preparados por Dona Flor e pela trilha sonora.

"No espetáculo, a história é contada desde o início, quando Vadinho e Flor se apaixonam (só no teatro a história começa no início do livro). O público se sente como se estivesse na Bahia. A peça se desenvolve no palco e nos corredores, remetendo às vielas do Pelourinho", conta Faria, intérprete de Vadinho.

A direção musical, assinada por Bruno Marques, é toda baseada na obra de Dorival Caymmi. Na peça, Diogo Brandão interpreta Caymmi e canta, entre outras, Morena do Mar, O Que é Que a Baiana Tem, Acontece Que Eu Sou Baiano e A Vizinha. Parte do elenco o acompanha, em coro.

O espetáculo é um desafio e tanto para os atores. Fernanda paes Leme debuta no teatro.

"Fernanda topou na hora fazer a Dona Flor e era esta a personagem que estávamos procurando: uma mulher forte, mas também doce e delicada. Ela está incrível", comemora Faria.

A Duda Ribeiro, que interpreta Theodoro, o segundo marido de Flor, foi dado o desafio de fazer um personagem sério, extremamente educado. Logo para ele, que veio da comédia.

"Ele encontrou o tom perfeito do personagem", elogia Faria, que precisou se adaptar à malandragem, à dança e ao gingado de Vadinho. Sim, o ator teve de aprender a dançar.


Para quem espera ver Marcelo Faria nu o tempo todo, vale o aviso: em acordo com Vasconcelos, ficou decidido que isso não ocorreria. "Não há necessidade", diz ele, que aparece nu na volta de Vadinho ao mundo dos vivos e no final da peça.

Até 27 de junho, o espetáculo segue em cartaz no Teatro Municipal de Niterói (Rua XV de Novembro, 35, Centro, Niterói, Rio de Janeiro). Sextas e sábados, às 21 horas, e domingos, às 20 horas.
*Adaptado do original publicado no jornal A Tribuna em 31 de julho de 2009.

Um comentário:

  1. Olá td bem! Estou divulgando este documentário http://nosolhosdaesperanca.blogspot.com/ se puder assistir, vale a pena! Obrigado. Tchau!

    Story line

    Jânio é um rapaz de vinte anos que foi preso na orla da praia da Cidade de Praia Grande confundido de fazer parte de um grupo de jovens que promoveram um arrastão. Mesmo sem provas ficou preso durante 11 meses. Leide e Francisco a mãe e o pai de Jânio precisaram lutar para provar a inocência do filho, enfrentando a principal dificuldade que esbarra num problema social ainda não resolvido no Brasil.

    "Ser pobre é ser culpado até que se prove ao contrário?"

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